AS GRANDES MIGRAÇÕES ATLANTES - III



“Havia naqueles dias gigantes na Terra” (Gênesis 6,4). Eram Nefilins, super-heróis ou valentes da antiguidade (He-Man e Shira), como rezam antigas lendas sumerianas e outras tantas mais — ou “Atlantes”; que se multiplicaram, se diferenciaram nas diversas raças-raízes (Atlântida foi o berçário das diferentes etnias) e se espalharam pela Terra toda, em várias levas de migrações, como se pode ver no esquema abaixo de Günther Wachsmuth, carregando impulsos religiosos, sociais e étnicos, para cada região do orbe terrestre. Além de terem sido artistas rupestres, geoglíficos e megalíticos; pois, por onde passavam deixavam suas marcas registradas. 


A Atlântida começou a ser povoada com a migração lemuriana vinda do sul, através da África, como vimos. Como a religião era o elemento agregador, o primeiro grupo se organizou em torno do Templo (ou Centro de Mistérios) de Saturno, do qual originou a 1ª corrente migratória para a América do Sul, a mais antiga, dando origem aos nossos índios sul-americanos, que por sua vez se fracionaram em vários sub-grupos. Só no Brasil existem 305 etnias, 274 línguas entre povos indígenas, além de 70 tribos vivendo isolados (sem contato). Na Argentina possui 35 grupos; e no Uruguai, os charruas congregam vários sub-grupos. 


Essa “porta de entrada” ao nosso continente ocorreu através do nordeste brasileiro e por isso existem rastros desses migrantes atlantes nos sítios arqueológicos com artes rupestres: sertão do Seridó (Rio Grande do Norte), Carimbau (Pernambuco), Ingá (Paraíba) etc. 


Com o passar do tempo, originou-se novo grupo atlante que se reuniu em torno do Templo de Vulcano,

mais a oeste, dando origem à 2ª corrente migratória, para a América Central, com os Toltecas e destes se subdividiram em outros tantos que foram descendo os Andes (incas, maias etc). Inclusive os Astecas fazem referência a sua origem como “os descendentes de Aztlán” (relativo à Atlas, primeiro rei da Atlântida). 


A 3ª corrente migratória deu origem aos índios norte-americanos (240 etnias) e canadenses (196 etnias), incluindo esquimós e outros subgrupos. Muito tempo mais tarde estes dois grupos receberam afluência de outra corrente que tinha saído tardiamente da Atlântida e chegou pelo outro lado, através do Estreito de Bering (em vermelho). 


A 4ª corrente migratória (vermelho) adentrou o norte da África e rumou ao extremo leste, à Ásia Central (antigo Turan e hoje Turcomenistão) — os “turanianos”, precursores dos antigos mongóis. Desta originaram os bárbaros hunos (Átila) que dizimaram a Europa. 


A 5ª corrente migratória (verde) percorreu a região em volta do Mediterrâneo, tendo a Península Ibérica como porta de entrada e por isso esse território é riquíssimo em arte megalítica: Algarve, Évora, Alentejo etc. inclusive construindo a pirâmide de Quéops no Egito e deixando suas marcas em outros tantos sítios arqueológicos espalhados mundo afora. 


A 6ª corrente migratória (amarela), se faz pela Hibérnia (Irlanda) e norte da Península Ibérica, dando origem aos bárbaros germânicos (suevos, bretões, francos, saxões, burgúndios, vikings etc), permanecendo no norte da Europa. A mais famosa arte megalítica é Stonehenge. Não deixaram escrita, mas a mitologia nórdica é conhecida (Odin, Thor, Valquírias etc) e enaltecida nas óperas wagnerianas. 


A 7ª corrente migratória, antes do final da civilização atlante, “e viu Deus que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra” (Gênesis 6,5), Deus então queria destruir o homem; mas “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor” (Gênesis 6,8). E antes que acontecesse o “dilúvio” (afundamento da Atlântida) Noé levou um grupo de eleitos, percorrendo o traçado amarelo e chegaram à região do Sanaar (Índia), com uma cultura nova, de língua “aryana” (arya), misturando-se com campesinos locais, os quais tinham migrados antes — por isso a Torre de Babel, representa simbolicamente a mistura de línguas. Assim nasceram as línguas modernas pós-diluvianas “indo-européias”. 


Apenas como ilustração filológica (estudo das línguas), o neto de Noé, Tubal, retorna e permanece na região basca (norte da Espanha), cuja língua se supõe ser a antiga “aryana”, pois não se coaduna com nenhuma outra conhecida. 


Fim da Atlântida e começo de nova era civilizatória, a nossa, com a Índia, Pérsia, Egito/Caldáica/Babilônica, Greco-romana e atual. 


Antonio Marques

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