GRANDE RESET — Parte 2

 GRANDE RESET — Parte 2


De onde vem a ideação de “resetar” (deletar e reprogramar) o mundo? — Para os filósofos pessimistas, toda tentativa de obter felicidade é ilusória; sendo a “vontade humana” fruto do inconsciente indomável e “sedento por riquezas” (Rep. 442a, Platão), a qual não se consegue controlar; e por isso a humanidade deve ser exterminada para novo recomeço — segundo o filósofo alemão Karl Eduard von Hartmann (1842 - 1906). 


Como efetivar esse intento? Através do “dinheiro”, pois é o agente da realização do homem no mundo — pode-se dizer que “dinheiro é espírito cristalizado”. Por isso o “machine man” foi colocado em movimento no pós-guerra, em 1945, quando as nações vencedoras se reuniram em Bretton Woods (USA), visando a recuperação da economia mundial. Duas propostas estiveram na mesa de discussão: “Plano Keynes”, do economista britânico John Maynard Keynes (1883 – 1946), com sua Câmara de Compensação Internacional (ICU = International Clearing Union) e o “Plano White” (FMI = Fundo Monetário Internacional), norte-americano. 


Quem ganhou todos sabem; e até hoje amargamos esse famigerado plano econômico distorcido e cruel, que torna os países e as pessoas “pobres mais pobres” (making the poor, poorer), dizia Keynes — por causa dos escorchantes juros de empréstimo. Por que o Plano Keynes não foi aceito? Porque “só é viável” numa sociedade humanizada — e isso ainda não temos. 


O quê ele propunha? “Criava uma espécie de Banco Internacional sui generis para as transações de comércio no pós-guerra, a fim de realizar o equilíbrio automático no balanço de pagamentos das nações participantes. Essa Câmara (ou Banco Mundial) podia dispensar seus membros de qualquer depósito em ouro, dólar ou outra moeda. Ao contrário, ela criava uma nova moeda internacional (de natureza escritural), denominada ‘Bancor’, a ser creditada (como doação) nas contas dos Bancos Centrais dos países participantes, em cotas diferentes (mutantes) segundo o volume de comércio exterior de cada um. A maior originalidade do plano estava, entretanto, na sugestão de se aplicar um tributo sobre os países credores e devedores sendo que o dos primeiros seria uma espécie de ‘juro negativo’, a fim de compeli-los a utilizar seus ‘Bancors’ na compra de produtos das nações devedoras, tornando assim compulsória a participação dos credores no ajuste ao equilíbrio”. 


(Fernandes, S. A libertação econômica do mundo pelo esquecido plano Keynes. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991. p.128-9).


Por que não temos uma sociedade humanizada? Porque não conseguimos enxergar além do Positivismo polarizado entre “mercantilismo e monetarismo”; ou entre “estatização e neoliberalismo”, respectivamente. Desconhecemos como funciona o organismo social saudável, entre:


Vida Cultural —> liberalismo 

Vida Jurídica/Política —> igualdade 

Vida Econômica —> fraternidade 


Portanto, a resposta não se encontra no Estado nem na Economia, mas no modelo de sociedade que queremos construir. Só teremos futuro se resgatarmos o 1º membro do organismo social, a Vida Cultural, que representará o indivíduo moralmente produtivo, para perfazer os três poderes. Por isso a nossa proposta é criar o Conselho Cultural do Brasil (CCB) em Brasília.


Dr. Antonio Marques

Conselho Cultural do Brasil (CCB)

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