BUDISMO CRISTÃO - I

 BUDISMO CRISTÃO

Budismo é muito mais uma filosofia ou caminho de vida; e menos uma religião (não teísta = não professa a existência de nenhum Deus) — que surgiu na Índia no século VI a.C., baseado nos ensinamentos do príncipe Siddhartha Gautama, que viveu 80 anos (566 - 483 a.C.), intitulado Buddha (iluminado) por ter atingido ao grau de Bodhisattva. 

Afirmava não ser um deus, mas um homem que superou a “roda das reencarnações”, a qual serve para expiar ou “compensar” algum mal feito no passado (karma). Das três tradições Budistas, a “mahayana”, o aluno que atingiu o grau de Bodhisattva; ou seja, liberto das “samsaras” (eterno retorno cármico) pode ajudar seus irmãos, por compaixão e amor, para liberta-los. 

Steiner relata que Sidarta Buda continuou nessa linha de atuação no mundo espiritual, dentro da corrente do Cristo, para ajudar seus irmãos humanos — Ele abençoou o menino Jesus que nasceu na manjedoura (a primeira encarnação de Khrisna), aparecendo “como anjo do Senhor aos pastores” (Lucas 2,9). Ele também acolhe no mundo espiritual os espíritos beligerantes e rebeldes recém desencarnados. 

Nesse sentido, Budismo não é apenas uma doutrina de compaixão e amor, mas por meio do Cristo, o próprio “amor” se torna “ato”. Ou seja, ele foi mensageiro dos Serafins, para mostrar “o caminho do meio” (sem extremismos). E, ao mesmo tempo, por se vincular com pessoas, carrega o impulso de Christian Rosenkreuz. 

Isso só foi conseguido porque ele desenvolveu precocemente, em alto grau sua “alma da consciência” (Ego), que o capacitou a acessar o pensar Divino: “a mente é tudo e tem que ser procurada dentro de você”. Nesse caminho de iniciação (do Ego ao Eu), teve encontro com “Mara” (deus da morte) ou “guardião do limiar”. 

Como realizar o caminho “budista-cristão” em nossa vida? Precisamos conquistar nossa “alma da consciência” (Ego) para ter o encontro com o “guardião do limiar” (vide o final do livro Conhecimento dos Mundos Superiores) que nos confrontará com nossos erros — como prova final para acessarmos nosso Eu. 

Antonio Marques