COMUNIDADE DO BEM - I

 COMUNIDADE do BEM - I


Esse termo nos remete a uma futura época civilizatória, quando as pessoas do Bem terão o “selo de Deus na testa” (Ap. 7:3). E quem participará dessa sociedade ou comunidade? Pode-se dizer que todos nós fomos convidados ao “banquete” do Senhor. Mas muitos de nós recusaram. Então Ele chamou os da “sarjeta” (Mt 14:15) — e serão com estes que se formará a “comunidade do Bem”.


Quais seriam os pré-requisitos para fazer parte dela? E como seria essa nova era social baseada em harmonia, virtude, paz e felicidade? ..... Antes de entrar neste tema, faz-se necessário emitir alguns alertas: 


“... e vão procurar a felicidade. Temos simplesmente que renunciar a tal procura e ver o nosso destino no cumprimento altruísta daquelas tarefas ideais que nossa razão propõe. Isso significa que devemos procurar nossa felicidade no agir, na atividade incessante. Só cumpre seu destino o homem ativo — mais exatamente, aquele que atua de forma desinteressada e não procura recompensa pelo agir (...) Só a dedicação desinteressada ao objeto pode ser alvo da nossa atividade; só pode sê-lo o amor. Só uma ação realizada por amor pode ser moral. A estrela que nos norteia deve ser a ideia na ciência e o amor no agir” (Steiner, Obra Científica de Goethe, Antrop : SP. 1980, p.95). 


Será preciso que nos tornemos “adultos” para abraçar essas duas vertentes: interna (ciência - pensar) e externa (agir - amor). No primeiro, diz respeito à evolução espiritual (ética) e para isso teremos que dominar “nossa alma desejosa por riquezas” (Platão). Nossa evolução depende dessa confrontação com as três forças dos desejos anímicos. Como são 3 partes da alma, serão 3 tipos de desejos:


Pensar (Ego) —> poder

Sentir ————> mentira 

Querer (id) —> raiva/ódio 


Somente o crescimento espiritual (Eu) pode salvar a alma, nas suas três esferas, para transformá-las em:


Poder —> devoção 

Mentira —> verdade 

Raiva —> amor 


O aspecto externo denomina-se “atuação moral”. Temos que ser bons produtores morais: temos que trabalhar para os outros, para o social, para as necessidades do mundo = “fraternidade”. 


Como se pode perceber, estamos longe dessas metas. Nossa visão míope alcança somente um mundo tecnicista, com máquinas mais sofisticadas (A.I.) para as necessidades do “machine man”. Devemos passar por provas difíceis (como pandemias, pestes, guerras etc) para desvencilhar da nossa arrogância e prepotência materialistas. 


Para vivermos numa sociedade humanizada (do Bem) precisaremos resgatar o 1º membro do organismo social como órgão autônomo (que no passado era a Religião) porque somente assim os três setores do organismo ou comunidade social poderão se sentar à mesa de discussão, para resolver os problemas humanos:


Vida cultural/espiritual —> liberdade (não existe ainda)

Vida do direito —> igualdade entre os cidadãos 

Vida econômica —> fraternidade para trabalhar para o social. 


Os da “sarjeta”, 

... se preparem para usar as “vestes brancas”. 


Antonio Marques 

Conselho Cultural do Brasil (CCB)

Conselho Cultural Universal (CCU)

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