A POLARIDADE das 12 CORES

 A POLARIDADE das 12 CORES 



As 12 CORES de Steiner nos remetem às doze forças que modelaram o ser humano; mas também mostram a polaridade humana: alma (lado esquerdo) e espírito (lado direito), que mesmo nascendo separadas e em épocas diferentes, à medida que descem, como num teclado musical, confluem embaixo na cor “verde”, que simboliza os dois casados no terrestre: o Verbo encarnado. Essa polaridade se expressa em “percepção” e “pensamento”, respectivamente. Afinal a alma serve para captar o mundo externo e levar as imagens ao espírito. 


Só que nascemos virginais como Adão e Eva (espírito inocente) e fomos tentados na alma pelo mal (serpente no Paraíso). Por isso “a alma tornou-se sedenta por riquezas” (Platão) — ou seja, desejosa. E hoje vivemos sob a égide da “alma da consciência” (Ego), sendo sua principal característica e principal parte: o julgar ou o super-Ego. 


Outra polaridade: Caim e Abel. A esquerda inicia com a cor de pêssego (bem etérica), representa a corrente de “Abel”, que era pastor de ovelhas e ofereceu à Javé um sacrifício sangrento — corresponde ao passado, crepuscular, lunar, cujo 1º representante foi Finéias, um dos primeiros sacerdotes judeus, período no qual ainda se praticavam sacrifícios sangrentos. Sua oferenda foi aceita por Jeová. 


A direita inicia com a cor violeta (espírito), representa a corrente de “Caim”, que era agricultor e ofereceu à Javé sua melhor colheita — corresponde ao futuro, promissor, solar, cujo 1º representante foi Hiram, mestre da construção do templo do Rei Salomão. Sua oferenda não foi aceita pelo antigo Deus dos judeus — mas foi aceita pelo Cristo, Deus-Filho, na 6ª Feira Santa, com “pão e vinho”, produtos da terra. 


Seu pecado foi ter tirado a vida do seu irmão. No entanto, essa passagem bíblica é simbólica. O que se quer dizer: essa antiga forma de sacrifício de sangue nas oferendas não tinha mais razão de ser e deveria ser extinta. Ou seja, o espírito solar de Caim não suportou a continuidade da corrente retrógrada lunar que perpetuara da Atlântida. 


No entanto, essas duas correntes culminam nos dois João(s) sob a cruz no Gólgota (pintura de Mathias Grünewald), sendo que João Batista já morto, mas presente a esse ato, se associa ao João Evangelista — ou seja, as duas correntes começam a andar juntas. 


A finalidade futura é preciso que o Espírito Solar de Caim acolha o Espírito Lunar de Abel. Afinal os dois confluem para o mesmo objetivo (cor verde - a Terra) = ajudar o Verbo Encarnado. 


Antonio Marques

Viviane Nakayama (desenho)

Rundbrief zur Anthrop. Dr F. Husemann

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