nossa TERRA — nosso LAR

 nossa TERRA — nosso LAR



O planeta Terra é nossa casa, nossa escola e nosso trabalho, pois evoluímos nele. E também pode ser nossa prisão, se não fizermos o dever de casa direito no passado. Parafraseando Sartre: “ganhamos nossa casa, mas não sabemos o que fazer com ela”. Parece incrível, mas apesar de todo o progresso "hi-tech", que nos proporciona a decantada “liberdade”, sentimo-nos presos às posturas radicais da própria ciência tecnicista, a qual vê o homem apenas como máquina (machine man). Conseqüência: vomitamos o nosso egoísmo para o mundo, atropelamos todos, para extrair o máximo de prazer egoísta. Por isso a necessidade de "normas e códigos morais", que se consubstanciam em "leis", pois afinal "o homem é um animal que, a partir do momento em que vive entre outros indivíduos de sua espécie, necessita de um amo" (Kant).


Temos que entender que “o homem é a medida de todas as coisas”, dizia o filósofo grego Protágoras (481 - 411 a.C.). E por causa disso, exalamos para fora nossa personalidade, nossa alma. E como ela foi contaminada pelo mal (a serpente no Paraíso), para evoluirmos, para abrirmos nossos olhos para o mundo, carregamos no “pensar - sentir - atuar” = “poder - mentira - raiva”, respectivamente. 


Temos que trabalhar sobre nossa alma, para transformar as três qualidades maléficas em qualidades boas: “devoção - verdade - amor”, respectivamente. Só assim conseguiremos levar para o mundo essas três qualidades para a sociedade, como uma vez já mostrado, como: “fraternité - egalité - liberté”, respectivamente. 


Somos hoje o que fomos ontem. Se tomarmos o Cristo como centro, no período Romano, que funciona como espelhamento, hoje refletimos o Antigo Egito. Inclusive Steiner fala que muitos que estão aqui hoje passaram por aquele período. E o que tinha lá? Prédios e construções megalíticas, preocupações com o corpo físico, tanto em vida como no pós morte (mumificação), descoberta da ciência, da matemática, poder centralizador faraônico etc. Por isso nossa vida abastada e focada no corpo físico. 


Se formos antever o futuro, teremos que fazer uma retrospectiva histórica, pois como Lex Boss fala: “a consciência histórica é a chave para a compreensão criativa do futuro”. Andando para trás vamos entrar na Antiga Pérsia, no tempo de Zaratustra, que rasgava o solo para entrar a luz de Ahura-Mazdao (Cristo) e com isso a Terra nos presenteava com todas suas riquezas: cereais, verduras, frutas, legumes etc. 


E o que vamos encontrar na futura época, que no Apocalipse faz referência à Philadelphia? Devastação total. A Terra exaurida, sem água, sem animais e sem vegetação, não terá como nos presentear com nada. Só assim aprenderemos que a natureza, a ecologia chegou ao seu limite. Só assim bateremos de frente com nosso egoísmo — e a humanidade continuará polarizada entre “homo artificialis” e “homo spiritus”. Será que conseguiremos implantar a Trimembração Social: “fraternité - egalité - liberté”, respectivamente?


Depende do que começarmos, a partir de hoje, a trabalhar nesta Terra — nosso Lar, com a “comunidade do Bem “, com a turma que está fazendo a “meditação correta”. 


Antonio Marques

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