PENSAR ESPIRITUAL

 PENSAR ESPIRITUAL 



Como vimos no 19º Café Antrop, o “pensar espiritual” ou “pensar puro” de Hegel, nos remete à Aristóteles e Steiner (são a mesma individualidade). Mas, antes de entrar nesse tema temos que conhecer nosso nascimento, que ocorreu no Antigo Saturno: os Tronos doaram de si para criar nosso Eu individualizado — com a missão de desenvolver “a liberdade e o amor”. Paralelamente os Tronos doaram aos Querubins a essência para consubstanciar o Universo. Ou seja, nascemos com o Cosmo e sempre precisaremos de um orbe planetário para evoluir. Por isso a Física diz que “somos filhos das estrelas”. Como a 1ª hierarquia vive do passado e extasiada frente à face de Deus, não consegue se desvencilhar dessa atração tão forte. Ao nos criar, é uma forma de experimentar a “liberdade” — afinal Ela vive nos nossos membros, na nossa ação. 


E o “amor” faz parte dos Serafins — afinal esses Seres são feitos de amor (seus corpos são de puro amor) e são responsáveis pelos nossos movimentos musculares. Então, quando movimentamos nosso corpo, através de nosso Querer (Eu agindo), quem movimenta mesmo são os Serafins. Eles são “potência” que se tornam “atos” através do nosso Querer, como diria Aristóteles. Os Seres do Amor experimentam o amor individualizado agindo no mundo. Portanto, nossos gestos são revestidos de amor. 


Como nosso Eu tem mesma origem Divina, cabe a pergunta aristotélica: “o que pensa Deus? Deus, por ser absoluto e perfeito, pensa somente no que é absoluto e perfeito — ou seja, Nele mesmo”. O que temos que fazer para nos aproximar desse pensamento do nosso Pai Celestial? Temos que treinar a meditação steineriana (Filosofia da Liberdade): “pensar no próprio pensar”. 


Ao nos centralizarmos no nosso Eu, geramos uma hierarquização pensamental: “Eu sou o que sou”, disse Deus-Filho. Eu estou centrado em mim mesmo e desse patamar pensamental espiritual posso olhar para baixo e entender (e perdoar) minha alma — e com essa atitude perdoo também o mal (os seres decaídos só serão “desencantados” através do nosso perdão e assim serão acolhidos pelo Alto). 


No esquema abaixo (palestra de 4.8.1924 em Dornach - Suíça) à esquerda o pensar materialista da alma (Ego) desce (em vermelho) e se apodera do pensar espiritual (em amarelo). A meditação acima é o principal recurso para desprender o “pensar espiritual” das garras do materialismo. 


Antonio Marques

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