BIOGRAFIA da SOPHIA na alma humana

 BIOGRAFIA da SOPHIA na alma humana



“Sophia”, normalmente traduzido por “sabedoria”, é no fundo um Ser Espiritual da 2ª Hierarquia (Kyriotetes) ou a própria Sabedoria, que se aproximou da alma humana a partir do período grego. Por isso a Filosofia nasceu na Grécia e significa “aquele que almeja a Sophia”; e “Philosopho” = amigo da sabedoria. Vamos considerar essa época como “marco zero” do despertar do pensar “téchnai” (técnico - segundo Platão), que se concretiza atualmente, mas que começou bem primitivo — no “id” (segundo Freud) ou libido (Jung). 


Desde aquele período essa “Entidade Solar” atua por longo período de tempo, cuja biografia perpassa 700 a 800 anos cada fase evolutiva. Vamos comparar com a biografia humana: 


1ª) “Alma inconsciente” (id ou libido) de um ser humano (14 - 21 anos), corresponde ao período grego (0 a 800 d.C) quando a Sophia inspirava de fora: “O pensador grego não retirava o pensamento do fundo da sua alma; nele o pensamento se revelava como se revelam para o homem de hoje o som ou a cor exteriores” (Steiner, GA 184). Platão e Aristóteles não pensavam como se pensa hoje — eles “percebiam” os pensamentos. Eráclito de Éfesus dizia que seu pensamento era da deusa Sophia e que deveria devolvê-lo após sua morte. 


2ª) “Alma subconsciente” (21 - 35 anos) corresponde do ano 800 a 1600, a Sophia tocava o pensar humano. Vamos eleger o inaugurador dessa época o filósofo John the Scot (Erígena), do sec. IX, teólogo e tradutor irlandês na corte de Carlos II, o Calvo, na França, que fez a transição da filosofia grega para o cristianismo. 


3º) “Alma consciente” ou Ego (35 - 42 anos), corresponde do ano 1600 até 2400, com seu inaugurador: Francis Bacon, na Inglaterra, pai da ciência indutiva. A Sophia se doa aos homens quando atingimos o pensar intelectual (agora eu penso) — e o pensar egóico se subdivide em “Phantasie - Dóxa - Dianóia” (Platão), sendo sua parte mais importante a Dóxa ou “super-ego ou opinião ou julgamento” — a qual está hipertrofiada pela nossa vida materialista, alimentada pela ciência indutiva. Em contrapartida caímos nos braços da “Phantasie”, com nossa vida virtual, sem compromisso, das drogas lícitas (medicamentos sintomáticos) e ilícitas. 


Faltam 379 anos para terminar este ciclo civilizatório sob influência da Sophia na alma da consciência (Ego), denominado Sardes (Apocalipse), cuja finalidade seria para servir de trampolim consciente para alimentar o espírito com conteúdos passados pelo crivo do “julgamento” e da “fantasia” (nosso lado artístico). Quem faz isso é a “Dianóia” (dia = através de; e noûs = espírito). Quem pensa é o espírito e não a alma e nem a cabeça. Só que a Dóxa ficou agigantada, arrogante e só sabe ser “nominalista empírica” (apenas nomeia os fenômenos e faz experimentos = apanágio da “ciência indutiva”, que não sabe fazer hipóteses dedutivas). 


A fase civilizatória seguinte — após o ano 2.300 entraremos em Philadelphia (Apocalipse) e representará o início do “pensamento imagético”(espiritualizado), para as pessoas que treinaram sua “Dóxa + Phantasie” no caminho dedutivo goethiano. O etérico irá se expandir de novo na cabeça, como era na Atlântida, só que de uma forma auto-consciente. 


Qual a implicação disso tudo? A ciência retornará ao seu trilho dedutivo e entenderá que “não existe nervo motor” (os nervos são sensitivos), porque é a alma que mexe o corpo. E como consequência teremos uma sociedade trimembrada, com as instituições formatadas em:


Conselho Cultural = liberdade (indivíduo)

Política/Justiça = igualdade (democracia)

Economia = fraternidade (trabalhar para os outros)


Antonio Marques 

Conselho Cultural do Brasil (CCB)

Conselho Cultural Universal (CCU)

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