PODER MODERADOR — exigência da nossa época

 PODER MODERADOR — exigência da nossa época 


Estamos passando por uma crise institucional ímpar, com disputa de poderes entre executivo, legislativo e judiciário, com apelo às Forças Armadas para agirem como “força moderadora”; ou o STF extrapolando sua função constitucional e se colocando como norteador da moralidade social. Isso tudo decorre da falta de compreensão do que seja um organismo social saudável. 

 

A “polaridade” na política se extrapolou para a sociedade e tenderá a se recrudescer daqui para frente, se não resgatarmos o organismo social sadio nas suas três esferas, que se denomina de “trimembração do organismo social”, através da criação do “Conselho Cultural do Brasil (CCB)” pelo Congresso Nacional, para tornar viável a vida cultural no seio da sociedade, como representante do indivíduo (liberalismo). Dessa maneira o primeiro membro social servirá de norteador das forças sociais e produtivas.

 

Isso se faz necessário porque daqui para frente, pós-pandemia e nesses anos que se seguirão, em torno de 20 anos, 50% das profissões desaparecerão, por causa da mecanização (robotização), em que o fator mais importante não será o “intelecto” – que se aprende na escola padrão, mas a “consciência” – em que novos valores humanos serão enfatizados. Este alerta mundial mostra que novos paradigmas sociais devem ser pensados a partir de hoje. Como lidar com essa realidade inusitada? Como preparar a nova geração? Que tipo de ensino? Que tipo de medicina? Quais profissões irão sobreviver e outras que irão existir? Como capacitar as Escolas de Ensino Básico e Profissionalizantes para tamanha mudança? Quem assumirá o papel de orientar nessa empreitada? O Estado? O mercado? Ou o Conselho Cultural do Brasil (CCB)?

 

Portanto, se não despertarmos para a realidade do organismo social trimembrado, dificilmente se terá este novo membro social e aí a situação social futura será catastrófica. Uma nova ordem social deverá nascer para resgatar a dignidade humana num organismo social trimembrado. Por isso urge a criação pelo Congresso Nacional deste membro social.


O Conselho Cultural do Brasil (CCB) deve ser instalado em Brasília, junto com demais poderes governamentais, com verba autônoma de custeio, para pagamento de seus funcionários (estes poderão ser remanejados de outros serviços públicos) e para serviços burocráticos, sendo que seus diretores não serão remunerados, pois serão pessoas detentoras de ilibada reputação no âmbito da sociedade, de reconhecida idoneidade moral que possam doar e contribuir com o organismo social saudável.


Portanto, esta é a sugestão deste autor: devemos aproveitar esta chance de crise ou de doença do organismo social polarizado, para repensar as causas da enfermidade social — e a cura será o resgate da Vida Cultural (liberalismo) no seio da sociedade.


Antonio Marques

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