FATO ou FAKE
FATO ou FAKE
“A gente busca a verdade para você não acreditar em fraude”. Ou seja, você não precisa pensar, porque nós pensamos por você. Apenas obedeça e faça o que estou mandando para o bem da coletividade ou da democracia. Nós somos os detentores do saber — nós somos o “amo” (Kant) — para você não ter o trabalho de questionar as coisas.
Assim estamos desde os primórdios dos tempos, a ficar acorrentados pelo pescoço e pelos tornozelos, tendo que olhar somente na direção do paredão ou da TV, onde são projetadas imagens (fantasiosas e mentirosas) para que fiquemos nomeando aquelas figuras que aparecem como “evidências”. Somos escravos no “mito da caverna” (Platão).
A “evidência” é apenas a constatação de um fenômeno, uma qualidade pré científica — não é ciência. Para ser ciência precisamos elaborar argumentos mediatos para formular uma hipótese qualquer. Depois sim parte-se para a experimentação, para a prática. Depois de tudo chega-se à tese ou diagnóstico, para compreender aquele fenômeno. Isto é Ciência.
Precisamos tirar esses grilhões do pescoço e tornozelos e caminhar para a luz do conhecimento — precisamos pensar com a nossa cabeça, precisamos questionar as coisas. Afinal estamos vivendo a era da “alma da consciência” e esta pressupõe a polarização entre prós e contra — somente através do meu critério de escolha e de conhecimento poderei caminhar para cima (para o espiritual) ou afundar no abismo. Não preciso que alguém pense por mim.
Isto deve ser levado a todos, porque precisamos caminhar para nova realidade social. De nada adianta eu ficar sabendo disso tudo se não tenho ninguém para dividir as conquistas.
Antonio Marques
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