COMO ENFRENTAR O MAL — Parte 01

 COMO ENFRENTAR O MAL — 1


Existem duas maneiras de enfrentar o mal que podem ser melhor entendidos através dos dois representantes Platão e Aristóteles. Vide a Escola de Atenas pintura do renascentista italiano Rafael Sanzio, da Academia de Atenas (1509). 


Muitos ouviram falar das correntes platônica e aristotélica. Seriam elas antagônicas, que se digladiariam entre si? Engana-se quem assim pensa. Cada qual representa importante processo de evolução humana, em fases distintas. Cada qual aborda o ser humano a partir de um ponto de vista: Platão disseca a "alma" (é o maior dos Psicólogos) e Aristóteles adentra o "espírito" (é o maior dos Cientistas Dedutivos Goetheanistas), cujas simbologias estão retratadas abaixo: 

Símbolo Platônico = "cobra mordendo o próprio rabo" (urobolo indu), representa as forças "anti-luciféricas" e 


Símbolo Aristotélico = "bastão segurando a cobra" representa as forças "pró-crísticas". 


Como se verá, historicamente há uma metamorfose entre os dois impulsos, uma evolução por acréscimo de "força superadora do pecado". Ou seja um não pode viver sem o outro e por serem polares, fazem parte de um todo. Um vem do passado mais remoto e o outro é o representante do futuro. Nossa tarefa é tecer o liame que unam os extremos para viver no presente.




O "link" entre os dois símbolos é a cobra, a serpente. Desde os tempos imemoriais, a cobra é o símbolo da alma: ao mesmo tempo que mostra juventude, rejuvenescimento, pela troca da pele, escancara seu lado rastejante, vil, sorrateiro, que pode dar o bote a qualquer momento. Ou seja, tem dupla face: o bem e o mal, típico da alma. Na Hata-yoga existe a serpente kundalini ascendendo como um "bastão" a coluna vertebral. A manipulação dessa força instintiva é que contribuiu para o afundamento da Atlântida (Dilúvio); e na Índia essa prática já estava em decadência. Na Suméria ainda persistia a influência indu, da serpente Sachan, representante da juventude e da saúde. É conhecida a lenda que, na época de Tróia, quando a Grécia se libertou da influência espiritual troiano-asiática, duas serpentes enviadas pela deusa Atenéia (Minerva), saíram do mar e atacaram os sacerdotes que pretendiam ali realizar seus sacrifícios religiosos. O grupo plástico de Laocoonte, no Museu do Vaticano, lutando contra os poderes da serpente, representa a revolta divina contra a espiritualidade atávica.


Antonio Marques

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