FORÇA DE VONTADE - PARTE I

 FORÇA de VONTADE — 1 



A educação da nossa vontade é muito primitiva e precária; a educação do nosso sentimento é caótica e a educação do nosso pensamento é amadora, dizia Friedrich Rittelmayer, fundador da Comunidade de Cristãos. 


A luta que temos que empreender exige o máximo heroísmo. Temos que nos esforçar para conseguir uma educação da vontade a partir de dentro, que se poderia dizer “individualismo ético”. Podemos treinar com exercícios simples, como colocar os objetos em lugares diferentes e lembrar onde colocamos; podemos treinar os “exercícios colaterais”, analisar uma pintura, usar o método dedutivo goethiano na nossa vida e na profissão etc. 


Não existe vontade acéfala. A vontade deve nascer de uma intuição profunda, a partir do espírito. Por isso ela pode ser usada pelo mal. Afinal para nascer o bem foi preciso primeiro nascer o mal (no Paraíso). O mal deve crescer até sua mais terrível grandeza para que, por meio disso, o bem possa ascender ao pleno poder e grandeza. 


O poder do adversário da evolução humana consiste em duas aberrações: “egoísmo e materialismo”; ou seja, subjugado pelo tentador (diabolos ou Lúcifer) e pelo príncipe deste mundo (satanás ou Ahriman), respectivamente. 


O pecado é a grande paralisia dos homens. Não devemos olhar para o pecador como um homem mau, mas como um doente. A paralisia tem estreita ligação com a entidade pecaminosa da humanidade que se endurece em sua vida terrena. 


E Cristo diz ao paralítico: «Levante-se” – esta é a força endireitadora que emana do Eu crístico e ataca os poderes terrestres que arrastam para baixo. “Pegue sua esteira e caminhe” – e conclui: “Não peques mais, para que não te aconteça coisa pior”. 


Este é o “perdão” que se mostra como novo caminho que temos que trilhar. Não devemos nos paralisar pelos nossos erros, mas perdoa-los, aprender com eles e seguir em frente. 


“Amor e perdão salvam a alma humana”, já dizia Manu (Noé). 


Antonio Marques

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