SANGUE ETÉRICO e SANGUE MORAL
SANGUE ETÉRICO e SANGUE MORAL
Nosso primeiro órgão a ser criado foi o “coração”, pelos Querubins — para ser morada do espírito; e através dele circula “o sangue e o etérico”. Por isso o espírito precisa do seu etérico. Assim é com o coração e assim será no pós-morte, no mundo espiritual.
Aristóteles dizia que nosso “coração” corresponde ao “sol” no cosmo: assim como envia luz para a Terra, o coração envia sangue para a cabeça. Sempre que se fala em luz (que é divina), está associada ao etérico — afinal até a própria ciência a considera composta de fótons + energia. Steiner denominou de “corrente intelectual”, que tem a ver com o Ego (alma da consciência) porque ocorre durante a nossa vigília. Está ligado à consciência clara e luminosa que precisamos ter a respeito das coisas do mundo. Por detrás tem a ver com a vinda do Deus-Filho Solar à Terra; e com seu sangue derramado no Gólgota, eterificou a Terra (GA 130, de 1.10.1911). A luz penetrou na Terra e a vivificou.
Mas à noite durante o sono ocorre o contrário, “correntes azuis, vermelhas e marrons” (Steiner), fluem da cabeça ao coração. São correntes da vontade que revelam nossa qualidade moral. Pode-se denominar de “corrente moral”. Este impulso corresponde à tarefa do ser humano na Terra. Mas tem um detalhe: todos recebemos como benção a luz que ascende do coração à cabeça; e essa luz é brilhante, luminosa e clara. Mas dependendo da personalidade espiritual de cada um, vamos tingir essa luz recebida e vamos dar nossa tonalidade colorida, como descrita acima, que irá descer da cabeça até o coração; e daqui irá refluir ao cosmo, para “alimentar as hierarquias”. Por isso Zaratustra dizia: “os bons pensamentos, as boas palavras (sentimentos) e as boas ações, alimentam as hierarquias”.
E o mesmo Zaratustra faz a reprimenda: para aquele que quer se redimir perante nossos criadores, precisa “sacrificar seus maus pensamentos, suas más palavras (sentimentos) e suas más ações, perante o altar da sua consciência” (seu Ego, sua alma da consciência que mora na cabeça). Portanto, o degrau mais alto do ser humano mora na cabeça, de onde se gera a “corrente moral”.
Antonio Marques
Comentários
Postar um comentário