ECONOMIA Antroposófica
ECONOMIA Antroposófica
Muitas vezes ouvimos que os olhos do dono engordam o porco. Isso é verdade. Afinal aquele projeto ou iniciativa carrega o impulso espiritual do idealizador.
O erro clássico é o produtor querer impor seu produto no mercado a qualquer custo, através de adulteração, preço abusivo, propaganda enganosa, propinas, vantagens indevidas etc. Só recentemente começou-se a perceber que o mercado depende muito do humor do consumidor. É também uma verdade. Este está ficando cada vez mais consciente do que deseja.
Para lançar um produto no mercado é preciso a interação de três fatores: “produção - comércio - consumo” = três elementos que entram no circuito para satisfazer as necessidades humanas. O ser humano só se realiza no mundo ao seu tornar “ser economicus” — onde deve reinar a “fraternidade”: trabalhar para os outros. Dessa maneira nos tornamos seres “moralmente produtivos”.
Por isso Steiner sugeriu que os três interessados (ou seus representantes) na vida econômica (produtor - comerciante - consumidor) dialoguem entre si (sem concorrência) para atender à qualidade do produto, transparência na transação e “preço” justo. Ele denominou “Associação Econômica”.
Mesmo que seja numa pequena iniciativa, procure entender onde esses três elementos estão para criar uma dinâmica entre eles. Exemplo: numa clínica ou consultório o médico prescreve o tratamento, a enfermeira ou a secretária atua como intermediária e o paciente corresponde ao consumidor.
No mercado, o dono adquire a mercadoria, mas quem vende são seus funcionários para o consumidor final. Por isso os três precisam estar afinados para criar uma sociedade justa e humanizada. Este é o começo do futuro.
Antonio Marques
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