CABEÇA — reflexo da EVOLUÇÃO

 CABEÇA — reflexo da EVOLUÇÃO 


Nosso corpo é a imagem de Deus e guarda as 4 fases evolutivas planetárias. Isso é muito expressivo na cabeça, através dos 4 órgãos faciais:


Antigo Saturno = calor (nariz)

Antigo Sol = etérico (olhos)

Antiga Lua = alma (ouvidos)

Terra = Eu (nuca)


O 1º par craniano é o olfatório, o mais primitivo e mais proeminente nos animais, que evoluem através do cheiro; por isso seus narizes são geralmente avantajados. O nariz tem a ver com o corpo físico: “dentro de Saturno, esta vontade humana entorpecida se revela à percepção suprassensível por meio de efeitos que podem ser comparados com cheiros” (GA 93). O olho, que foi criado pela luz (“faça-se a luz” no Antigo Sol), representa a maneira de reconhecer o corpo etérico (GA 312). O ouvido nos leva ao conhecimento da alma (ibid), cuja “estrutura se assemelha a um instrumento musical excelente e maravilhoso, em cujas cordas os mistérios do universo ressoavam” (F. Husemann). 


Faltou a “boca” neste esquema. Pode-se dizer que na fase anterior planetária o ser humano sorvia o alimento da atmosfera — não tinha boca. Mas nesta Terra a alma precisa se aprofundar no corpo e isso é feito através do tubo digestivo. Todos estes elementos temos em comum com os animais. 


Finalmente, o que nos diferencia é o andar ereto, com a cabeça livre e que se apoia no osso cervical Atlas. Da sequência: nariz -> olhos -> ouvidos -> nuca, mostra uma “evolução retrógrada”, de frente para trás, como uma retrospectiva, como uma “finalidade” divina (a “causa final” de Aristóteles). Como um escultor ao modelar uma cabeça, começa pela anatomia, proporções e elementos faciais — por último a nuca. Por isso se diz que as “hierarquias caminham para trás”. 


A região cervical está fechada ao mundo externo, está na escuridão qual um cego. Mas com a ajuda do Cristo — “Eu vim a este mundo para um julgamento, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos” (Jo 9:39) — nosso Eu poderá enxergar e andar para frente, para o futuro.


Antonio Marques

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