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Mostrando postagens de dezembro, 2021

Estamos findando mais um ano.

 Estamos findando mais um ano. Nunca nos sentimos tão chacoalhados como nesta virada do tempo. “O rei ficou nu” — nós é que estamos assustados com tudo isso. Igual a uma doença que nos obriga a parar e a refletir: o quê está acontecendo comigo e com o mundo?  Assim como existe doença no organismo humano, existe doença no “organismo social” — como Platão diz: “há na cidade (pólis) e na alma de cada indivíduo as mesmas partes e em número igual” (Rep. 441c).  Precisamos repensar nossos conceitos, nossos sentimentos e nossas atitudes, para que possamos levar novos conteúdos para o mundo, para a sociedade. Afinal “o homem é a medida de todas as coisas”, sentencia Protágoras (450 a.C.). E não simplesmente deixar que o materialismo invada nosso interior, como está acontecendo e vai se intensificar (A.I., 5G, muitas profissões vão findar etc). Temos que pensar o amanhã, como Johann Gotliebe Fichte fala: agradecer pelo progresso e devolver à humanidade como “letrados” nosso conhec...

Qual a relação do etérico com o pensar?

Qual a relação do etérico com o pensar?  Na infância ele expressa vitalidade nos membros. Tanto que a criança não cansa de cair e levantar, mexer nos objetos etc. Essa força vital é metamorfoseada no adulto para servir de “base para o pensar dedutivo” — o pensar materialista não usa etérico, porque se fixa só na “observação ou evidência” (condição pré científica).  A parte mais importante da dedução: alinhavar os argumentos até chegar à uma hipótese dedutiva ou “experiência de ordem superior” (Goethe) — este patamar temos que parar e gerar um “vazio mental” (como não existe vazio no universo) para deixar o mundo espiritual penetrar nele = chama-se “inspiração” (Steiner). Esta é a meta da dedução = caminhar para a inspiração, o patamar mais alto que podemos chegar como ser humano; abrindo a porta para a “intuição”, quando seres espirituais nos abençoam com sua presença.  Portanto, dos três passos da metodologia dedutiva goethiana: “Observar - intelectualizar - intuir” — te...

As FORÇAS da SEDUÇÃO

 As FORÇAS da SEDUÇÃO  Desde o Paraíso somos tentados pelos dois seres da sedução. Qual a finalidade deles? Gerar polaridade ao bem, para que adquiríssemos a “liberdade”. Só nós humanos somos livres para fazer o que quisermos. Se fôssemos criados só pelo Bem, seríamos também bonzinhos — mas não livres. Esses seres foram também seduzidos por outros mais elevados (Dynamis) para que se aproximassem dos seres humanos numa fase planetária anterior Lunar.   Esses seres penetram no ser humano a partir de fora de duas maneiras. Por onde eles entram e onde atuam? Como usar essas forças para o Bem? Como resgatar (salvar) o mal? Venha participar do II Congresso, para termos continuidade desse importante tema para nossa vida e para o futuro da humanidade.  Antonio Marques

MITO da CAVERNA

 MITO da CAVERNA  Imagine se estivéssemos numa enorme gruta escura debaixo da terra, acorrentados nas pernas e no pescoço desde a infância e sendo obrigados a olhar sempre para frente, para um paredão onde se projetassem sombras de uma fogueira? A única verdade para nós seriam aquelas imagens projetadas — as quais começaríamos “nomeá-las” — e nem perceberíamos que estávamos presos; e inclusive ficaríamos contentes por isso, com disputas acaloradas de quem conseguisse distinguir mais vultos.  Mas um indivíduo insatisfeito com essa condição quebra os grilhões e começa a rastejar em direção à outra fonte de luz que chega da boca da caverna. De subida íngreme, sua escalada é com grande sacrifício, até adentrar num outro mundo fantástico e colorido. Teve que se adaptar à intensa luz; e depois de saborear essa maravilha, sentiu-se frustrado, por não poder dividir essa felicidade com ninguém. Resolve voltar para a caverna para levar a boa nova…. Mas a descida pelo buraco escarpa...

Todo trabalho é espiritual e não pode ser pago.

 Todo trabalho é espiritual e não pode ser pago. O que é remunerado é o produto do trabalho — e não o trabalho em si. Todos trabalhos são dignos e importes; e é a forma de atuarmos no mundo com moralidade. O espírito se realiza no mundo através do trabalho. Só que devido à nossa evolução materialista (para o fundo da matéria), destilamos nosso egoísmo em alto grau e queremos usufruir o máximo na competição do mercado. Assim, como “produtor”, estabeleço meu preço e divulgo meu trabalho como o melhor. Isso é o que praticamos hoje: meu egoísmo jogado no mundo. O que deveria ser trabalhado dentro de mim como alma, vomito como “poder - mentira - raiva”.  Mas um dia aprenderemos que precisamos ouvir o “consumidor”, a outra ponta do mercado. Quando esse tempo chegar, Steiner sugeriu constituir Associações Econômicas, quando se sentarão “produtor - comerciante -  consumidor” para um diálogo associativo, para se chegar a um preço justo das mercadorias.  Antes temos um dever: ...